O que é mídia espontânea? É quando um produto ou empresa é citado de maneira positiva em uma reportagem, por exemplo, sem ter investido um único centavo nessa exposição. Entenda melhor como funciona isso na prática e utilize esse tipo de divulgação a seu favor!
Quando um jornal faz uma matéria sobre o novo projeto de uma companhia, isso é mídia espontânea. Quando publica uma entrevista com o CEO da instituição, também.
Além de economizar recursos financeiros, é importante destacar ainda que esse tipo de divulgação da marca garante mais credibilidade do que a mídia paga. Isso ocorre porque o público difere o que é publicidade do que é jornalismo.
As menções em jornais e TVs é a forma clássica de mídia espontânea. Nos anos 2000, porém, a atenção de assessores e RPs se estendeu para veículos menores, como sites especializados, com públicos menores que os da grande mídia mas altamente segmentados.
De 2014 em diante, a popularização das redes sociais fez crescer primeiro nos Estados Unidos, e depois no mundo todo, o marketing de influência. Isso agora conduz os times de comunicação a buscar relacionamento não apenas com jornalistas, mas também com influenciadores — ou creators, como gostam de ser chamado os youtubers, instagrammers, blogueiros e afins. O que é mídia espontânea?
Essa expansão do conceito de mídia espontânea para o ambiente digital ampliou também os benefícios esperados pelas empresas. A mídia espontânea não apenas como a menção em veículos, mas também como “receber reviews positivos e recomendações fervorosas, além do buzz em torno de uma marca”.
O primeiro é visto essencialmente como algo para divulgação, enquanto o segundo é sinônimo de informação e, portanto, dos fatos reais.
“Ué, então, se os jornais só podem publicar o que ocorre em uma companhia, como eles vão divulgar algo que ocorre na minha empresa?”, você deve estar se perguntando. Para isso, é preciso construir credibilidade e ter uma assessoria de imprensa de confiança ao seu lado.
Mídia paga
A mídia paga é tradicionalmente caracterizada pela propaganda. A empresa simplesmente compra um determinado espaço publicitário e faz uso dele. Da mesma forma como acontece com a mídia espontânea, os players da mídia paga também buscam diversificar os formatos.
O que um dia foi o anúncio em jornais impressos no século passado, transformando-se depois em campanhas criativas na TV, avança agora para formatos digitais que podem ser confundidos com mídia espontânea.
A publicidade nativa (ou native advertising) é uma evolução do antigo publieditorial, com o diferencial de buscar a perfeita adequação de linguagem e formato ao canal em que a mensagem está inserida. Mas, essencialmente, segue a mesma lógica do velho publieditorial.
Mídia proprietária
Enquanto assessoria de comunicação e relações públicas são atividades capazes de gerar mídia espontânea, o content marketing (ou marketing de conteúdo) é a disciplina focada em mídia proprietária. Diz respeito à comunicação feita por uma empresa em seus próprios canais.
Segundo o Hubspot, principal ferramenta de inbound marketing do mundo, “mídia proprietária é aquela sobre a qual você tem total controle, como site, blog, contas em redes sociais etc.”
Portanto, publicar um texto no blog da empresa significa fazer mídia proprietária. Fazer com que a mesma mensagem seja reproduzida por outros sites, influenciadores e até usuários, daí configura mídia espontânea.
Concluindo o que é mídia espontânea?
Mídia espontânea é a conquista de menções, citações e referências espontâneas em canais de terceiros. É diferente de mídia paga e de mídia conquistada por não envolver remuneração nem canais próprios. Em última análise, a mídia espontânea é a recompensa dos esforços do trabalho de relações públicas e assessoria de comunicação.
No caso de marketing de conteúdo, a mídia paga vem como um complemento essencial para acelerar esse processo e possibilitar que, de fato, sua empresa conquiste a tão desejada mídia espontânea.
Ou seja, atrás de toda mídia espontânea, esconde-se uma ampla estratégia digital, com investimentos, mas também de valor. Lembrando que não adianta de nada sua empresa investir muito dinheiro, mas não possuir nada que agregue no reconhecimento coletivo enquanto uma referência. Não se esqueça do consumo consciente e o quanto ele tem ditado uma nova forma de compra.
Os três tipos de mídia não são concorrentes entre si. São apenas formas diferentes de se comunicar. Basta observar que grandes marcas brasileiras e estrangeiras utilizam bem as três. Para se restringir a apenas meia dúzia de marcas, pode-se citar Itaú, Guaraná Antarctica, Latam, O Boticário, Red Bull e Lego. Estas — e muitas outras — têm ótimo desempenho nos três tipos de mídia.
Papel da Assessoria de Imprensa na Mídia Espontânea
Sem dúvidas, hoje, a assessoria de imprensa tem uma função importante de ponte entre empresas e os veículos de comunicação ou influencers. É a assessoria que muitas vezes irá enxergar pautas e assuntos interessantes na empresa para o conhecimento do público. Dentro do conceito de mídia espontânea, muito se discute sobre essa ligação.
“Uma pauta que chegou através de assessoria e virou notícia/divulgação em redes sociais é mídia espontânea?” Esse é um dos pontos de debate mais comuns e dividem opiniões. Principalmente quando esse tema vem acompanhado de algum mimo, como é comum entre os influenciadores.
Se formos levar ao pé da letra o termo “espontâneo”, automaticamente nos remete a algo que realmente ocorreu sem nenhuma interferência comunicacional direta da empresa ou de profissionais ligados a ela. É aquela ideia de que o próprio produtor, repórter ou influencer ficou sabendo sozinho ou por algum espectador sobre algum tema que poderia ser comentado ou reportado. O fato foi tão grande que ultrapassou as fronteiras da empresa e chegou espontaneamente aos ouvidos dos comunicadores.